quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Girassol...


Deus me dá aos poucos, em partes, dia a dia, em fragmentos. Eu Dele me recebo, assim como o girassol se recebe do Sol, porque não pode sobreviver sem sua luz.
A flor condensa, ainda que de forma limitada, porque é criatura, o todo de sua natureza que o Sol potencializa.
O mesmo é comigo. O mesmo é com você. Deus é nosso Sol, e nós não poderíamos chegar a ser quem somos, em essência, se Nele não pusermos a direção dos nossos olhos.
Cada vez que o nosso olhar se desvia de sua regência, incorremos no risco de fazer ser o nosso Sol o que na verdade não passa de luz artificial. Substituição desastrosa que chamamos de idolatria.
Uma força finita colocada no lugar de Deus.
A vida é o  lugar da Revelação divina. É na força da história que descobrimos os rastros do Sagrado.
Parar os nossos olhos no humano que nos fala sobre Deus é o mesmo que nos privar do direito à transcedência transcendência.
Tudo o que é humano é frágil, temporário, limitado. Não é ele que pode nos salvar. Ele é apenas o condutor.
Nós somos como os girassóis. Estamos todos num mesmo campo. Há em cada um de nós uma essência que nos orienta para o verdadeiro lugar a que precisamos chegar, mas nem sempre realizamos o movimento da procura pela luz.
Girassol só pode ser feliz se para o Sol estiver orientado. É por isso que eles não perdem tempo com as sombras. Eles já sabem, mas nós precisamos aprender.
Não tenha medo deste aprendizado. Disponha o seu coração para a busca deste Sol.
(trecho do livro Tempo de Esperas de Padre Fábio de Melo)


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